Coluna – Depois dele, o mundo nunca mais será o mesmo

Na quinta-feira, 5 de outubro, li a seguinte manchete na capa de um dos jornais de nossa cidade: “Depois dele o mundo nunca mais será o mesmo.” A referência era à morte do magnata, co-fundador, presidente e diretor executivo da Apple Inc., Steve Jobs. Sem dúvida alguma, ele será uma das personalidades mais lembradas por esta geração. A geração “i” (iPad, iPod, iPhone, etc.), teve seu mundo transformado pelos “i’s”. Novos sonhos, novos desejos, novo universo linguístico, novas formas de ver a geografia, o tempo e, até mesmo, o espaço. A volta ao mundo e a conexão global podem estar em minhas mãos. Um “touch” e pronto! Estou fora da minha cidade, do meu estado, do meu país e até mesmo da Terra. Com um Ipad nas mãos posso contemplar as constelações e o sistema solar; basta direcioná-lo para o céu e tudo estará lá. Não preciso mais dos mapas complicados da astronomia.

As distâncias já não existem mais. Presencio isso em minha casa. Minha filha – aqui em Brasília – brinca semanalmente de boneca, banco, supermercado, desfile, e outras coisas mais, com minha sobrinha – no Rio de Janeiro. Tudo isso na frente de um Macbook. A cada encontro virtual, elas passeiam numa montanha russa, pelo fundo do mar, dão risadas, caem no chão… A saudade parece ser saciada.

Steve Jobs e sua equipe contribuíram significativamente para a realização de algo tão esperado e sonhado pelo homem: a possibilidade de ir e vir livremente. Posso estar ou não em qualquer lugar, a qualquer momento, com quem eu quiser, apesar da inevitável prisão local, corpórea e material. Ainda não podemos nos desmaterializar; mas, com um simples aparelho nas mãos, já posso me conectar com quem quiser, na hora em que eu quiser. O mundo se tornou o quintal de minha casa.

“Depois dele o mundo nunca mais será o mesmo”. Acredito que esta foi a chamada na capa do “Jerusalém News”, numa manhã de segunda feira, há dois mil anos atrás. A referência, com certeza, não era sobre a morte de um grande empresário da época; dizia a respeito da ressurreição do carpinteiro, “filho” do Zé e da Maria. A referência era ao Filho de Deus, Jesus Cristo, o Messias, que não somente morreu, mas ressuscitou dos mortos (Mateus 28; Marcos 16; 1 Coríntios 15). Algo jamais visto na história. A humanidade não só teve sua história transformada, como ainda a tem, por meio da ressurreição de Cristo. Novos sonhos e desejos (Atos 4.16-21, Mateus 5-7), novo universo lingüístico (Gálatas 5.13-26), novas formas de ver a geografia, o tempo e até mesmo o espaço (Efésios 1) foram dadas à humanidade. Por meio da oração, em Cristo, estou presente e conectado com irmãos e irmãs em qualquer lugar do mundo; não dependo de um RT, uma DM ou um SMS para estar com o outro.

Se Steve Jobs proporcionou a uma geração o vislumbre da transcendência, Jesus Cristo, o Messias, por meio da sua ressurreição, proporciona à humanidade a real transcendência em vida e na vida após a morte. Steve Jobs e sua equipe proporcionaram a uma geração a possibilidade de conexão com seres finitos e limitados. Cristo, por meio da ressurreição, proporciona ainda hoje, à toda humanidade, a possibilidade de conhecer e viver com o único Ser que sacia, não somente a saudade do coração, mas toda sede e fome da alma.

Com certeza, depois da ressurreição de Cristo, “o mundo nunca mais foi o mesmo”. A maior conexão virtual, global e material foi estabelecida na História. O que Steve Jobs e sua equipe proporcionaram ao mundo pode ser considerado uma “revolução” nas conexões globais e interpessoais. No entanto, nada disso se compara à “rede” e ao “software” criados por Cristo na cruz. Com o Ipad nas mãos, apontado para cima, posso ver as estrelas. Com os joelhos no chão e com os olhos na ressurreição, vejo e permaneço conectado, pelo resto da vida, ao Senhor e Criador do Universo.

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Categorias: Coluna Semanal

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um comentário em “Coluna – Depois dele, o mundo nunca mais será o mesmo”

  1. 20/10/2011 às 16:08 #

    Adorei o texto do Thiago.
    Embora fosse uma fã de carteirinha do Jobs, não há como negar que ele é apenas mais um que se dobrará diante do Cordeiro.
    Muito bom!

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